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Fé como a de Abrão, é Possível?

Fé como a de Abraão não é comum nos nossas dias. Quando Deus foi a Abraão, que é conhecido como “o pai dos que creem” (ver Rm 4.11-16), ele lhe falou sobre o futuro. Ele disse:

“Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.1-3).

Abraão creu em Deus. Ele saiu, não sabendo para onde iria, e partiu para uma terra e um futuro que nunca tinha visto. O Novo Testamento nos diz que ele “aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e
edificador” (Hb 11.10).

Ele creu em Deus!

Abraão procurava um lugar porque Deus lhe havia dito que lhe mostraria o lugar . Ele creu em Deus, quanto ao que ainda não tinha visto e, faz endo isso, tornou-se o pai dos que creem. Como Abraão, somos peregrinos e forasteiros neste mundo, e procuramos uma pátria celestial, a cidade cujo o arquiteto e edificador é Deus.

Ainda não vimos esta cidade, mas sabemos que ela existe, e a convicção para isto é a confiança que temos naquele que promete que isto acontecerá. Em essência, isto é a fé. Não é crer em algo sobre Deus. É crer no próprio Deus. A fé cristã diz respeito a crer no próprio Deus. É viver por meio de toda palavra que procede da boca de Deus (Dt 8.3; Mt 4.4).

É seguir a Deus, para lugares em que nunca estivemos, em situações que nunca experimentamos, a países que nunca vimos – porque sabemos quem ele é. Este é o tipo de fé que a Bíblia chama, em determinado sentido, fé como de criança; não é fé infantil, e sim como de criança. Quando éramos crianças, tínhamos pouco conhecimento do que era seguro e do que era perigoso. Colocávamos a mão na mão de nosso pai ou de nossa mãe, e eles nos levavam pela rua. Quando chegávamos numa esquina, não sabíamos a diferença entre a luz verde e a luz vermelha. Se eles parassem, nós parávamos. Quando desciam da calçada e atravessavam a rua, íamos com eles. Confiávamos em nossos pais porque estávamos sob o seu cuidado.

A peregrinação da vida cristã

A peregrinação da vida cristã é uma jornada de fé. Começa quando Deus cria fé em nosso coração. No primeiro estágio de nossa experiência cristã, recebemos a Cristo e cremos nele para a nossa redenção, mas toda a peregrinação do cristão está alicerçada e fundamentada nessa confiança, nessa dependência. Todo o processo é definido como viver na fé (cf. Cl 2.6). Essa é a raz ão por que Deus falou ao profeta Habacuque: “O justo viverá pela sua fé”.

Habacuque ficou confuso, pelo fato de que Deus estava permitindo que seu povo escolhido fosse derrotado por uma nação pagã e colocado num estado de opressão. Habacuque disse que subiria à sua torre de vigia e esperaria o que Deus lhe declararia. Ele escreveu:

Por-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá, e que resposta eu terei à minha queixa. O SENHOR me respondeu e disse: Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo.

Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará. Eis o soberbo! Sua alma não é reta nele; mas o justo viverá pela sua fé (Hc 2.1-4).Esta afirmação, aparentemente inofensiva, “o justo viverá pela sua fé”, é citada três vez es no Novo Testamento (Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38).

Fé de Abraão
Fé de Abraão

Fé como a de Abraão sabe esperar.

É um tema central nos escritos de Paulo. Significa que Deus se agrada quando seu povo vive por confiar nele. Deus falou a Habacuque: “Eu responderei à sua pergunta, mas não a responderei imediatamente. Você tem de esperar. Mas, enquanto espera, lembre-se de que a resposta virá certamente”. Depois, ele fez o contraste com o soberbo, que não é reto, que vive de acordo com o que vê, pelo que está imediatamente diante de si. Ele não tem tempo para confiar nas promessas invisíveis de Deus.

 A pessoa que vive pela fé.

O homem de fé está em contraste notável. Embora as promessas de Deus demorem, ele tem certeza de que elas se realizarão, e o justo, aos olhos de Deus, é a pessoa que vive pela fé. Esta expressão “o justo viverá pela sua fé” é traduz ida por Jesus em seu conflito com Satanás, no deserto, quando Jesus lembra ao Diabo que o homem não vive só de pão, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4.4). Dizer que vivemos de todas as palavras que Deus fala é o mesmo que dizer que vivemos pela fé. De tal forma encontramos a Deus em sua Palavra. Confiamos nossa vida, alma e corpo a ele, ao seu sistema de valores, à sua estrutura e à sua Palavra.

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Artigo por R. C. Sproul

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